Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Arte Educadora, Artista Plástica, Roteirista, Desenhista, Ilustradora, Curadora Independente, Fotógrafa, Assistente e Agenciadora de Artes, louca por HEAVY METAL, J-Rock e com pressa de viver. Essa sou eu! "Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate!" Dante

segunda-feira, 23 de abril de 2012


Brasileiro Merece - Arnaldo Jabor


Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca. 
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; 
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; 
Aceitar que ONG’s de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. 
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. 
É coisa de gente otária. 
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. 
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. 
Brasileiro tem um sério problema. 
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.
Brasileiro é vagabundo por excelência. 
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. 
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. 
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. 
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. 
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. 
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. 
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.
Já foi. 
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da 
Guerra do Paraguai ali se instalaram. 
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha alternativa e não concordava com o crime. 
Hoje a realidade é diferente. 
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como ‘aviãozinho’ do tráfico para ganhar uma grana legal. 
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. 
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.
- O Brasil é um pais democrático. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei. 
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. 
Num país onde todos têm direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. 
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. 
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). 
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. 

Democracia isso? Pense!
O famoso jeitinho brasileiro. 
Em minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. 
Brasileiro se acha malandro, muito esperto. 
Faz um ‘gato’ puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. 
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto… malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? 
Afinal somos penta campeões do mundo né? 
Grande coisa…
O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. 
Dessa vergonha eles se safaram… 
Brasil, o país do futuro!? 
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
Deus é brasileiro. 
Puxa, essa eu não vou nem comentar…
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Chico morreu, mas o salário continua oh...

A REINVENÇÃO DA VIDA



Eu queria que as pessoas nascessem velhas e morressem crianças. Pensem bem: o homem quando resolve viver, e quando tem tempo para isso, já está no fim da vida – careca, barriguro, sem a menor disposição para nada. Por isso é que seria uma boa o homem nascer velho e morrer criança. Nascia com 80 anos e ia ficando moço até morrer na infância.

Nascer velho. As amigas conversando: Nasceu meu filho. Perfeitinho, 80 anos, 75 quilos, 1,80 de altura. E como vai se chamar? Ah, eu tinha escolhido Luis Antônio, mas ele mesmo foi ao cartório e se registrou: Aroldo.
Aí vinha outra: Não está lindo meu filho? Mas, peraí, de calcinha e sutiã? É que eu esperava menina e tal..

E quando chegasse uma visita, a mãe chamaria: Venham ver, hoje ele deu a primeira tossida. “Tosse aí para a moça ver”. Como todo bom velhinho, você nasceria com o direito a ser neurastênico e ranzinza. Nos berçários, filas de cadeiras de balanço com os velhinhos pigarreando sob cuidados de geriatras, se queixando das doenças de recém-nascido.

Mas nada faria mal porque todo mal já estaria feito. Você só iria melhorando a cada dia. Os anos e as semanas caminhariam para trás. Sexta, quinta, quarta, terça, segunda-feira virava sábado. Quer coisa melhor? E se a vida corresse para trás, tudo seria mais fascinante. Acordei com uma ressaca tão grande hoje. Estou imaginando o pileque que eu vou tomar de noite. Se nascesse com 80 anos, você aos 60 casaria. E aí? Uma desvantagem: casava com uma velha.

Mas é preciso não esquecer que com o correr do tempo a sua mulher ia ficando cada dia melhor. Mais moça, até ficar viçosa e se transformar num ‘pancadão’ de mulher aos 20 anos.

E vocês, depois do casamento, ficariam noivos e depois de noivos seriam namorados, até chegar ao amor infantil, puro e desinteressado. O amor de duas crianças apagando das árvores os corações entrelaçados. Você nasceria rico, aposentado e sábio. Na sua profissão você seria um gênio. Ganharia cada vez menos até chegar à faculdade para ir desaprendendo. E ficava mais ingênuo, mais burro e mais puro. No fim da vida, você teria a pureza absoluta. Andar de bicicleta, nadar pelado no rio, trepar em árvores, soltar barquinho de papel nas enxurradas. A bola, a pipa o chiqueirinho, o boneco de pano. Do chiqueirinho para o berço, o chocalho e pararia de chorar.

E com o tempo correndo para trás, a humanidade regrediria dos séculos . Colombo e Cabral, de marcha ré, ‘desdescobriram’ o novo mundo. Chegaríamos a ‘desinvenção’ da roda e o desconhecimento do fogo até o último homem, o último primeiro, quando entra um Deus pegando nas mãos, ao invés de soprar, inspiraria o homem outra vez para dentro de si. A REINVENÇÃO DA VIDA

sexta-feira, 9 de março de 2012

Cult Carioca: LYA LUFT - A IDADE E A MUDANÇA

Cult Carioca: LYA LUFT - A IDADE E A MUDANÇA:   Este comentário da escritora, tradutora e poetisa vale para ambos os sexos, com qualquer idade.  Ela está com 74 anos. A Idade e a mudanç...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Socializando: Danilo Gentili e a polêmica de uma simples piada

Socializando: Danilo Gentili e a polêmica de uma simples piada: Essa matéria está sendo postada na íntegra de um outro blog. Resolvi compartilhar aqui porque achei muito inteligente. Uma verdadeira pérola do raciocínio humano. (importado de outro blog)